segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Excepcionalmente na terça 23/12





Excepcionalmente nesta Terça-feira 23/12, faremos o último sarau do ano. Recesso de natal e ano novo à parte, ficamos com as realizações deste 2008 que inaugurou a voz coletiva para BH. Orgulhamos-nos de ter a Coletivoz como este ponto de convergência das idéias, sabemos também que o caminho é longo e tortuoso, e por isso contamos com todos os poetas e amantes da poesia para voltarmos no dia 07 de Janeiro com força total. E que o ano novo esteja repleto de ações para as periferias, as grandes margens que emergem da luta diária. Considerando a labuta de nossos trabalhadores, de construções em construções; de prédios em prédios; de faxina em faxina; Emergentes das mãos que movimentam a massa da grande sociedade, que molda o povo, de cidadão em cidadão.



Viva a humildade do povo guerreiro!



Grande abraço,



À luta, à voz!




Rogério coelho

Lançamentos das almas poéticas na Coletivoz

Na última quarta, 17, tivemos uma grande festa na Coletivoz: dois lançamentos de peso e várias surpresas. O primeiro lançamento ficou no Rap de Kdu dos anjos inaugurando sua carreira com o cd "Sobreviventes do Terceiro Mundo", com o grupo de mesmo nome. O beat, a poesia e o flow à postos Kdu deu início à festa. Cidinha da Silva foi a próxima grande leitura. Os contos/crônicas, ora tridentianos, ora dos tambores, elevaram atenção total. Muitos ainda não tinham tido o prazer de um lançamento, e fizeram questão de adquirir o exemplar carimbado p-ela escrita pessoal da Cidinha. Guerreira de longos anos, ela estava no meio dos comuns celebrando um dia terno e de poemas leves.



Outra grande atração foi a caridade simbólica e poética, a que nos presenteou Severino Iabá. Grande artista popular que trouxe para o sarau desta quarta a alegria do movimento das Rosas. Fazendo referência ao centenário de Guimarães Rosa juntamente com o manifesto das rosas pela paz, Iabá nos contemplou com a “operação Rosas pelo mundo”, que consiste em homenagear os artistas locais com a distribuição das rosas de papel celofane acompanhada de uma cantoria popular para requerer a participação dos ouvintes. Muito rica a participação de Severino Iabá na Coletivoz. Ainda houve tempo e prazer para celebrar o aniversário de 10 anos do grupo Trama de teatro. Um compromisso duradouro com a verdade que fizemos parte. 10 anos de uma trajetória de muito compromisso com uma linguagem teatral que divide suas ações com os arredores de Minas, elevando assim o princípio de cultura popular.





Esperamos parcerias fraternas como estas, sempre com o intuito de abraçar a voz do popular e sua virtude de ser verdadeiro; na condição superior de ser estradeiro.

Valeu demais!

À luta, à voz!

Rogério Coelho



vejamos as fotos da festa:



o povo tava lá

Cidinha abrindo o tridente


Kdu: Sobrevivente do Terceiro Mundo



Grande Severino Iabá

Kaká figueirÔa e as Rosas do mundo


Grupo Trama de teatro: Patrícia e Carlos (falta o Epa, claro!)


Ângelo e Bruna da coccix Teatral (à direita); Aida e Eliane (ao fundo)



Severino e seu Antônio Barône

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Grandes lançamentos na Coletivoz do dia 17 de dezembro: Cidinha da Silva e S3M

Cidinha da Silva e S3M

Cidinha da Silva



Sobreviventes do Terceiro Mundo

Muito bom! duas grandes amizades e talentos. O sarau do dia 17 de dezembro promete muita energia com os lançamentos de "Você me deixe viu? Eu vou bater meu tambor", livro de Cidinha da Silva e o 1º CD do S3M - Sobreviventes do Terceiro Mundo. todos grandes parceiros da Coletivoz. vamos coletivar geral nesta Quarta iluminada.


Aqui vai um pouquinho de cada um, ok?!


Cidinha da Silva




Nascida em Belo Horizonte, e residente em São Paulo por mais de 15 anos, Cidinha da Silva vive hoje no bairro de Santa Tereza, no Rio de Janeiro. É fundadora do Instituto Kuanza – que tem diversos trabalhos com formação, intervenção e pesquisa em educação, raça, gênero e juventude – e autora de diversos artigos e ensaios sobre relações raciais e de gênero, publicados no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Itália. Lançou “Cada tridente.em seu lugar e outras crônicas” (2006), como primeiro trabalho literário. Desde então, a historiadora dá agora vazão à escritora. “Você me deixe, viu!? Eu vou bater meu tambor! (2007)” é o mais recente trabalho literário, e já foi lançado em diversas capitais brasileiras.


O cronos da escrita crônica


Além de grande amiga, Cidinha da Silva é uma escritora efervescente. Uma grande intelectual contemporânea que confessa escrever pelos cotovelos: projetos, blog (http://www.cidinhadasilva.blogspot.com/), artigos, peças de teatro e outras escritas e afins, todas as escritas comprometidas com a crônica e seu cotidiano. As viagens pelo Brasil para o lançamento do querido “tambor” – como chama carinhosamente o livro – faz com que as redes de sua literatura ganhem dimensão e potência. A força poética declarada em sua fala e atitude transforma qualquer escrita ou encontro convencional em uma produção gostosa de se apreciar. Sua literatura também explora os dissabores, os desamores, as questões raciais e de gênero com uma fúria declarada, porém travestida pela leveza e sensibilidade da palavra. Convido a todos a ouvir e aprender com esta grande personalidade brasileira – seja pela literatura, pela cultura negra ou pela diversidade sexual. Mulher que se torna para mim, e para muitos, uma referência grandiosa, seja pela literatura ousada, seja pelo olhar sobre os diversos lados da exclusão do nosso país.
Deixo aqui a resenha desse tambor, que a Cidinha nos convida a bater junto com ela, por um Brasil mais justo.

À luta, à voz!
Rogério Coelho


(Clique na imagem para ler a resenha)



S3M – sobreviventes do Terceiro Mundo





Influenciados pelas musicas dos grupos RZO, Ao Cubo e Sabotage, o S3M nasceu em meados de 2006, no IEMG (instituto de educação de Minas Gerais). Com parceria com a direção do colégio, foi realizado em Maio de 2006 um projeto de redução de danos. Projeto realizado com sucesso, então, o grupo resolveu a compor musicas no ritmo de rap com uma leve mistura de suol. Produzindo suas próprias musicas, o S3M teve iniciativa de distribuição do trabalho em portas de show's, escolas, bares e principalmente em periferias de toda região metropolitana. A partir de então vieram os convites para cantar em eventos culturais, casas noturnas, bares, escolas, faculdades, igrejas, etc... Destacando show realizado em Paraíso do Tocantins e Palmas no estado do Tocantins, em Janeiro de 2008. Hoje com a formação inicial de Kdu dos Anjos e DJefão, o grupo esta lança seu 1° disco.

A poesia que salva

Kdu dos anjos é grande parceiro da Coletivoz. Foi um dos caras que brilhou os olhos quando falei e convidei para o projeto. Agarrou a idéia sem mesmo me conhecer. “Tudo pela cultura popular”, como sempre diz. Sem demagogia, a vida desse garoto tem sido uma verdadeira maratona cultural. Envolvido nos projetos do Fica Vivo, onde é oficineiro, vem revelando talentos. As oficinas de Rap, poesia, funk e Miami trazem à tona grandes produções culturais de adolescentes e crianças que facilmente se perderiam nas mãos do tráfico.
Um grande agitador da cultura da periferia! Assim eu o definiria, se não fosse a vontade de dizer que antes dessa missão, Kdu dos anjos (como se não bastasse o nome abençoado) é símbolo de atitude e portador de grande humanidade. Vocifera contra o sistema; esbraveja contra injustiça em suas letras, com a mesma facilidade sensível de falar de amor, e das lembranças carinhosas que trazem as “presilhas” pretas da amada que se foi.

Um agradecimento fraterno a esse grande parceiro!

À luta, à voz!
Rogério Coelho

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O Canal Poético

Mais um espaço para os poetas.


"Tité"

Não é de hoje que a gente vem falando que e a poesia vem vencendo os obstáculos impostos por um sistema maior; que hora massacra e torna o homem um refém da alienação. E é com incitativa do encontro, da troca, do espaço à voz que os obstáculos vêm se rompendo.

O poeta, ator e dramaturgo Marcelo Menino “Tité”, que vem participando dos Saraus da coletivoz, apareceu um dia desses com uma espécie de folheto, com poesias frente e verso, o qual ele intitulou “O Canal Poético”. A proposta é que a cada edição sejam publicados os poemas de um poeta diferente, de forma independente e coletiva. A iniciativa foi bem aceita por todos do Sarau e com certeza será mais um espaço de representatividade da poesia periférica.

A edição ainda é experimental, por isso tomei a frente, com a autorização do “Tité” de disponibilizar no aqui no blog um modelo on-line.

Quem quiser ter as poesias é só salvar a imagem do blog. Ainda não se sabe qual será freqüência das publicações em novas edições, por enquanto a gente fica com a primeira edição com Marcelo Menino “Tité”.

È isso, aproveitem as poesias e comentem, dêem sugestões, pois nossa iniciativa é coletiva, é de todos.

À luta, à voz.
Jessé Duarte

Para visulizar clique no link,

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Lançamento de WILMAR SILVA na Coletivoz

Confronto direto com o desconhecido? Contagem adversa da realidade VS natureza do homem? Exploração dos sentidos mais íntimos do verbo e do ser humano? Pode ser! Pode ter sido quase tudo isso, a Poesia no ar de Wilmar Silva no sarau da Coletivoz. Foi um encontro muito proveitoso, que abrigou experimentalismo e poesia periférica.

Mas, o bacana mesmo foi o lançamento: Pague o quanto quiser! Foi a ssim que Wilmar vendeu seus livros. Todo preço é possível! E temos nosso apreço à iniciativas como esta. Valeu Demais!

Confira a performance!

À Luta, À Voz!

Grande abraço,

Rogério Coelho

terça-feira, 28 de outubro de 2008








Agradecemos imensamente a participação dos integrantes do Centro Cultural Vila Marçola, no Sarau da Coletivoz. O nosso muito obrigado ao Claudio,Julio e JR.

"Quando a situação é grave se organizar é a palavra chave" Black Alien.








quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Fotos Sarau no Ziláh Spósito

Centro Cultural Ziláh Spósito



Rogério Coelho

A poesia venceu mais uma vez.

O sarau de ontem estava programado para acontecer dentro do Centro Cultural. Mas, pra quem iríamos recitar poesias? Só para uma minoria, que até o momento eram os poetas que vieram de fora do Bairro? Não, então resolvemos fazer o Sarau na praça ao lado do Centro Cultural. As pessoas falavam, alguns estavam dispersos, no campinho ao lado os meninos assobiavam enquanto o poeta falava, o ônibus fazia manobra pra estacionar no ponto final, enfim, muito barulho, mas a poesia venceu outra vez, mais uma noite em que a palavra mostrou o que é ela, a que impera no momento final.

Quando dizemos que a poesia venceu é porque ela trouxe algo a mais para a noite. Importantíssima a presença e participação da comunidade no sarau! Dona Terezinha marcou firme na declaração romântica; o dênis falou do irmão falecido e rumou a emoção; A Lilian foi correndo buscar um caderno de poemas, que há anos não lia. è assim que a poesia vence! fazendo das pessoas "corajosos das letras". Valeu demais, mais essa ponta da grande "rede" que desejamos para BH.

à Luta, à voz!

Deixo algumas fotos da noite

Jafre

Dona Terezinha

Káka Figueirôa

Jessé Duarte

Cissy

Kadu e Suellen


Dênis


Lilian


Teve Bom...
Jessé Duarte

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sarau Coletivoz

Uma breve descrição do que esta acontecendo.

Nesta semana foi realizada a quinta edição do Sarau da Coletivoz, uma noite, como sempre, especial. NA terça-feira o Rogério fez, junto a poeta Francis Gripp, uma participação no Projeto Terças Poéticas, que acontece nos jardins internos do Palácio das Artes. Além da participação com a Francis, Rogério fez a leitura de alguns poemas de Pascoal Motta, poeta homenageado da noite. Vai tudo indo muito bem; a gente vai quebrando os obstáculos e fazendo acontecer as coisas na garra e na luta. Porém, as pessoas precisam também quebrar essa coisa de ficar falando: "- Que lindo, parabéns o blog tá muito bom, ou, Qualquer dia eu apareço lá, a idéia e muito boa faltam movimentos assim na cidade", etc. Mas aí eu pergunto, falta pra que? Pra ficar falando "que lindo, tá tudo muito bom, é isso mesmo a iniciativa é muito boa"? Parece papo de adular criança tipo, Parabéns você brilhou. O que falta é as pessoas, sejam artistas ou não, entenderem a iniciativa. O que falta, como fala o Rogério no texto abaixo, é que as pessoas entendam sua função na sociedade em que vivemos.

Tem um milhão de pessoas que falam da desigualdade, que falam da exclusão, no entanto parecem gostar de mantê-la para ter do que falar, ou para ficar pagando de defensor dos oprimidos. Quer falar? Que fale, mais sem essa demagogia, chega um momento que tem que partir para a ação. Será que é muito difícil se deslocar alguns quilômetros até o Barreiro? Engraçado que se for movido a algum interesse individual é muito fácil, por um interesse coletivo? Ai é muito difícil, não é o fato de querer notoriedade mas sim que as pessoas entendam a importância de se organizar saraus, caravanas de arte, espetáculos, shows e seja qual for à manifestação cultural na periferia.


O sarau vai muito além, como eu disse na postagem passada, estamos falando para um povo, estamos buscando mais do que dar voz aos poetas da periferia e de qualquer outro lugar, é dar voz ao que é calado pela exclusão. Então mais uma vez fica o chamado para todos: APAREÇAM, JUNTEM-SE a esse coletivo de vozes e ajudem a construí-lo, ajudem a divulgar e a manter viva mais uma manifestação cultural.

Fecho com as fotos desta quarta-feira e da participação do Rogério no Terças Poéticas.


À luta, à voz,
Jessé Duarte


Terças Poéticas - Rogério Coleho e Francis Gripp


Terças Poéticas - Rogério Coelho


Sarau Coletivoz

Sarau Coletivoz - Três Irmãos

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Oficina de MC's No Cafezal

Talentos da coletividade

Mc Kdu e Suellem



Não há palavras suficientes para descrever a energia, a iniciativa, a CORAGEM, dessa galera! A OFICINA DE MC’S, coordenada pelo grande guerreiro, e parceiro sempre, MC Kdu. É um grande exemplo de dignidade para a confirmação de uma autonomia sócio-política-cultural dos jovens artistas das grandes periferias de BH. O ato é de verdadeira coragem. Coragem de lutar contra a exclusão, contra o envolvimento com a criminalidade gratuita, enfim, contra toda e qualquer forma de indiferença que atinge a todos nós, moradores de periferias. Tudo isso pelo simples e prazeroso fato de deixar sair o poema das gavetas; de por um beat na letra há muito guardada na vergonha; ou mesmo de compartilhar o Rap direto do desafio dos Freestylers; de levar o “passinho” de Funk pro meio da gente com orgulho. Surgem novos talentos: vitoriosos na arte e salvos para uma vida de orgulho. É lindo ver os talentos que emergem da margem. Causa-nos arrepios, no poder da voz da garota Suellen. Vejam:


Gostaria de deixar aqui um grande pedido aos que se dizem fazedores de arte em BH. Peço que apenas entendam sua função! Entender sua função, como difusor de “arte”, frente ao movimento social que está tanto na porta de sua casa, quanto na periferia, é unicamente ter VIVÊNCIA, retomando o raciocínio do companheiro Maia (abaixo). Ter vivência é ver de frente, estar cara a cara com a coisa acontecendo. Pois, só assim podemos estabelecer redes de desenvolvimento com bases sólidas. Parabéns à galera do Cafezal: essa luta também é nossa!



À luta, À voz.


Rogério Coelho

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Reinaldo Maia

Comentário feito por Reinaldo Maia (Escritor, Dramaturgo e Diretor Teatral da Cidade de São Paulo).


Reinaldo Maia

Pessoal Li o blog mas não consigo postar nenhum comentário. Sou meio inútil para essas coisas de informática. Bem, quero dizer que quanto a não ganharem o edital, porque dizem os burocratas que não são experimentais a resposta do Jessé é corretíssima, mas gostaria de dizer que, para esses "burocratas atrás de suas mesas engordando suas grandes bundas" experiência é experimento, não vivência. E vivência eles não sabem o que é, porque não vivem, eles sabem da vida por excesso de informação. Então, companheiros, a pressão terá que vir da comunidade e da excelência do trabalho de vocês. E isso vocês tem.

Um braço e vamos continuar na luta!

Reinaldo Maia

domingo, 5 de outubro de 2008

Sarau Itinerante Começa dia 31

Sarau Itinerante


Vila Santa Rita – Região do Barreiro

Toda ultima sexta-feira do mês, realizaremos no Centro Cultural da Vila Santa Rita. O sarau Itinerante das Coletivoz. Deixo o convite a todos e reforço o que o Rogério coloca ao falar do Sarau do dia 14 no Conjunto Ziláh Spósito. “Hoje, são poucos os movimentos de poesia que acontecem com determinada regularidade, principalmente nas grandes periferias. Precisamos entender que podemos mais quando unimos os discurssos que partem da margem, do centro, de fora e de dentro.” E por isso a proposta de ocupar novos espaços em busca de mais vozes Coletivas, levando a voz e a buscando onde é preciso, descobrir novos poetas ou antigos, como vem acontecendo nos Saraus das quartas-feiras. Tem gente que tinha dezenas de poesias guardadas e agora tem um espaço pra botar pra fora.

O espaço ta aberto, quem quiser é só chegar.
A partir do dia 31 de Outubro toda ultima Sexta-Feira do mês.

Local: Centro Cultural da Vila Santa Rita – Região do Barreiro, Rua Ana Rangel dos Santos 149.

Ônibus: qualquer um que vai até a Estação Diamante (na Praça Sete passa o 30) e na Estação pegar o 309, Bairro Petrópolis – descer o ônibus tem um ponto na Rua do Centro Cultural.

O Descaso do Poder Público


Esse fato aconteceu semana passada em uma reunião com representantes da Fundação de Municipal de Cultura de BH e a Cia. Neutra de Teatro. Serve para mostrar um pouco do descaso que acontece com os grupos ou artistas da periferia, o pior é que isso não acontrece só com a gente.

Quando começamos um sarau na periferia e agora, partimos para o sarau itinerante, partimos também para outro desafio. O de manter vivo mais uma manifestação cultural que começa e segue sem nem um apoio de verba publica. Decepciona-me quando uma pessoa de dentro da Fundação Municipal de Cultura de BH me fala que nossos projetos não priorizam a pesquisa (O que eles consideram pesquisa?) e que não foram aprovados em 2006 e em 2007 porque temos menos direitos de que outros grupos/artistas que já tem reconhecimento notório e já tem praticamente seus projetos garantidos na Lei de incentivo por isso. Ainda completa falando que nossos projetos não foram e não serão aprovado. Espero que ele esteja equivocado e vamos continuar mandando nossos projetos. Se caso aprovarem, realizaremos. Se caso não aprovarem, realizaremos do mesmo jeito.


O Sarau da Coletivoz do qual a Cia. Neutra é uma parte, porque a coletivoz é dos coletivos, é um coletivo e é de todos. Qualquer um de nossos projetos vai muito além, a gente já nasce pesquisando e sendo pesquisado nesse lugar. Pesquisados não sei pra que pelo poder publico e pesquisando como sobreviver, como estudar nessa merda de escola pública, como viver sendo discriminado, como escapar de tomar geral da Policia Militar e dentre outras coisas como fazer teatro. Ou fazer teatro para a periferia é uma coisa sem valor algum. Chega um projeto la e ai eles julgam que não favorece a pesquisa, tão querendo que pesquise o que? - Deixa pra lá é mellhor nem perguntar.


Nossa pesquisa é para o povo, falamos para o povo e buscamos sempre falar a verdade, será que esse que é problema? Mentiras não são bem vindas aqui. Nossa fala é como um grito e chega até a agredir quem não quer ouvir. A gente não esquece pra quem ta falando, não falamos para uma parcela de favorecidos da sociedade, quer dizer falamos, mas porem, o que não querem ouvir. Se não for para mudar essa merda, não serve para nada. Até quando isso vai continuar?

Jessé Duarte

Mais do que nunca,
À luta, à Voz

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sarau no Centro Cultural Ziláh Spósito


Alô Poetas,



Convocação à todos os poetas e loucos de palavras para o SARAU DO CENTRO CULTURAL ZILÁH SPÓSITO, que acontecerá no DIA 14 DE OUTUBRO ÀS 19hs. Há uma grande urgência de estabelecermos as redes de movimentos em BH. Vamos todos atravessar a cidade até o conj. Zilah Spósito não apenas para recitar, mas para dar uma grande iniciativa de construir parcerias. Hoje, são poucos os movimentos de poesia que acontecem com determinada regularidade, principalmente nas grandes periferias. Precisamos entender que podemos mais quando unimos os discurssos que partem da margem, do centro, de fora e de dentro.
Aos interessados, favor mandarem inscrições pelo e-mail: rogeryocoelho@gmail.com com o assunto "Inscrição Zilah".



À luta, À voz



Endereço do Zilah:



Centro Cultural Zilah Spósito. Rua Carnaúba, 286 - Conjunto Zilah Spósito - Jaqueline.

Telefone: (31) 3277-5498. Ônibus: 5534 (Conjunto Zilah Spósito)


quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Postagens dos poetas da Coletivoz

Jessé Duarte


Quem não viu vai vendo, e vem conferir de perto também.

Estaremos postando alguns poemas que estão sendo recitados no sarau, vou começar com um meu que falei lá essa quarta e logo à gente coloca mais. Espero que gostem.

Comentem.

O ultimo Domingo de Ana
Jessé Duarte

Manhã de um domingo qualquer, as pessoas caminham pelas ruas voltando da igreja e levando para casa o frango que reservaram na noite passada em uma venda que ainda vende frangos abatidos na hora. Abatida também é Ana, a vida para ela é complicada, 17 anos, mãe, desempregada, bolsa família atrasada, expulsa de casa pelo pai e sustentada pelo companheiro que por sua vez é sustentado pelo trafico, mas não é só Ana que vive essa realidade de abatedouro, são dezenas de moradores desse lugar.

Para Ana esse dia é diferente, sem saber o que lhe espera, como de costume nos domingos ela sai pelas ruas que começam largas e logo se estreitam e observa como se nunca tivesse observado em sua volta as portas trancadas ou quase sempre escoradas, carroças encostadas na beira de córregos a céu aberto, ausência de crianças nas ruas e com muito cuidado olha o boneco no ponto mais alto da vila, ele veste preto quanto algo esta para acontecer e dessa vez ele não esta nu, esta vestido de luto, sinal de perigo. Mas nada de anormal, tudo certo (para ela) como de costume.

Mesmo sabendo do perigo Ana continua seu percurso e senta-se à mesa de um bar, pede uma cerveja e tenta por um minuto pelo menos, esquecer da vida cotidiana, mas não consegue parar de pensar no que viu a alguns dias. pois sabe que tem coisas não deve-se ver. Nada a ver com cine Privê se o problema fosse esse, seria muito fácil de resolver.

De repente barulhos de tiros, correria para se esconder. Mas num instante todos correm para ver mais uma vida que se vai, em uma cadeira do bar da esquina do jeito que a pegaram Ana ficou. O dono do bar abaixou as portas, guardou todas as mesas e cadeiras deixando só a cadeira em que ela estava. A multidão se fez ao seu redor e às pessoas comentavam entre si:

- Ela ainda esta viva.
- Nossa! Foi um tiro na boca.

Enquanto isso ela continuava com sua cabeça pendurada na cadeira de plástico, com os olhos arregalados, respiração baixa e engasgando com o próprio sangue. Mas ninguém fez nada, ninguém a tocou e onde ela estava continuou, do jeito que estava ficou, do jeito que esperava engasgou. Porem não foi só ela, a mãe que estava de perto assistindo tudo amparada pelo filho mais novo, também engasgou em um choro mudo de dor ao ver filha morrer e não poder fazer nada.

Por que em um lugar chamado Vila da Paz, a paz é o que menos impera? E quanto a essa vida, ninguém faz nada a não ser assistir o seu fim? o que resta é isso então?

Sim. Nesse lugar a uma lei, diferente da lei do mundinho em que pessoas soltam balões brancos almejando a paz mundial, uma lei que é feita para quem esta disposta a viver com medo da paz. Pois a paz reina no dia seguinte até que novos disparos anunciem mais um dia de tranqüilidade, mais um dia de felicidade, mais um dia de vaidade para aqueles que não sabem de fato o que é a realidade.

Mulheres Emergentes

A voz é a da união!

Grande colaboração da ilustríssima poetiza Tânia Diniz que doou vários murais para a Coletivoz. Eles enchem, em todos os sentidos, o sarau de beleza. Já houve quem saiu do microfone para ler na parede. São obras primas, cada um é uma coletânia de dar gosto e uma montagem de uma sensibilidade gostosa, etérea, excitante... só vendo mesmo. ColetiVENHAM pra ver, é o muito atraente! Valeu Tânia.


Movimento Periferia Criativa - MPC

Salve coletivoz do Brasil

Estivemos, nesta terça-feira, na sede do MPC - Movimento periferia Criativa - Localizada no bairro Olaria, também Região do Barreiro. O MPC é um movimento que parte do Hip-Hop para outras ações como o basquete de rua, futsal e grandes festas levando o Rap de ambrosia. Mano Bill, uma das vozes á frete do movimento nos recebeu com grande carinho e humanidade; cercando de cuidados sem antes mesmo de saber quem éramos. uma iniciativa forte e de muita luta: "somos nós e nosso bolso", declara Bill. O Rap do grupo de Bill parece nascer da própria comunidade, dando voz à essência de um resgate cultural que ele aprendeu vivendo, tropeçando, sobrevivendo. É isso aí. Agente tem que encher a boca pra dizer: Grande Mano Guerreiro Bill. a luta é nossa também.

à luta, à voz.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Fotos

Leitura do Manifesto no Terças Poéticas

Leitura do Minifesto da Vóz Coletiva - Terças Poéticas

Abertura do Sarau

Abertura Leitura do Manifesto - Rogério Coelho

Cooperifa na Linha

Jessé Duarte

Ronildo de Animatéia

Mc. Kdu

De pai pra filho - Orgulho do Rogério - Lucas

Marcelo menino Tité

Marcelo Luiz

Karla Figueiroa

Sem Palavras

Afro - mando bem

Olha ai...