terça-feira, 28 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Fotos Sarau no Ziláh Spósito
A poesia venceu mais uma vez.
O sarau de ontem estava programado para acontecer dentro do Centro Cultural. Mas, pra quem iríamos recitar poesias? Só para uma minoria, que até o momento eram os poetas que vieram de fora do Bairro? Não, então resolvemos fazer o Sarau na praça ao lado do Centro Cultural. As pessoas falavam, alguns estavam dispersos, no campinho ao lado os meninos assobiavam enquanto o poeta falava, o ônibus fazia manobra pra estacionar no ponto final, enfim, muito barulho, mas a poesia venceu outra vez, mais uma noite em que a palavra mostrou o que é ela, a que impera no momento final.
Quando dizemos que a poesia venceu é porque ela trouxe algo a mais para a noite. Importantíssima a presença e participação da comunidade no sarau! Dona Terezinha marcou firme na declaração romântica; o dênis falou do irmão falecido e rumou a emoção; A Lilian foi correndo buscar um caderno de poemas, que há anos não lia. è assim que a poesia vence! fazendo das pessoas "corajosos das letras". Valeu demais, mais essa ponta da grande "rede" que desejamos para BH.
à Luta, à voz!
Deixo algumas fotos da noite
Jafre
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Sarau Coletivoz
Tem um milhão de pessoas que falam da desigualdade, que falam da exclusão, no entanto parecem gostar de mantê-la para ter do que falar, ou para ficar pagando de defensor dos oprimidos. Quer falar? Que fale, mais sem essa demagogia, chega um momento que tem que partir para a ação. Será que é muito difícil se deslocar alguns quilômetros até o Barreiro? Engraçado que se for movido a algum interesse individual é muito fácil, por um interesse coletivo? Ai é muito difícil, não é o fato de querer notoriedade mas sim que as pessoas entendam a importância de se organizar saraus, caravanas de arte, espetáculos, shows e seja qual for à manifestação cultural na periferia.
O sarau vai muito além, como eu disse na postagem passada, estamos falando para um povo, estamos buscando mais do que dar voz aos poetas da periferia e de qualquer outro lugar, é dar voz ao que é calado pela exclusão. Então mais uma vez fica o chamado para todos: APAREÇAM, JUNTEM-SE a esse coletivo de vozes e ajudem a construí-lo, ajudem a divulgar e a manter viva mais uma manifestação cultural.
À luta, à voz,
Jessé Duarte
Terças Poéticas - Rogério Coleho e Francis Gripp
Sarau Coletivoz
Sarau Coletivoz - Três Irmãos
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
Oficina de MC's No Cafezal
Talentos da coletividade
Mc Kdu e Suellem
Não há palavras suficientes para descrever a energia, a iniciativa, a CORAGEM, dessa galera! A OFICINA DE MC’S, coordenada pelo grande guerreiro, e parceiro sempre, MC Kdu. É um grande exemplo de dignidade para a confirmação de uma autonomia sócio-política-cultural dos jovens artistas das grandes periferias de BH. O ato é de verdadeira coragem. Coragem de lutar contra a exclusão, contra o envolvimento com a criminalidade gratuita, enfim, contra toda e qualquer forma de indiferença que atinge a todos nós, moradores de periferias. Tudo isso pelo simples e prazeroso fato de deixar sair o poema das gavetas; de por um beat na letra há muito guardada na vergonha; ou mesmo de compartilhar o Rap direto do desafio dos Freestylers; de levar o “passinho” de Funk pro meio da gente com orgulho. Surgem novos talentos: vitoriosos na arte e salvos para uma vida de orgulho. É lindo ver os talentos que emergem da margem. Causa-nos arrepios, no poder da voz da garota Suellen. Vejam:
Gostaria de deixar aqui um grande pedido aos que se dizem fazedores de arte em BH. Peço que apenas entendam sua função! Entender sua função, como difusor de “arte”, frente ao movimento social que está tanto na porta de sua casa, quanto na periferia, é unicamente ter VIVÊNCIA, retomando o raciocínio do companheiro Maia (abaixo). Ter vivência é ver de frente, estar cara a cara com a coisa acontecendo. Pois, só assim podemos estabelecer redes de desenvolvimento com bases sólidas. Parabéns à galera do Cafezal: essa luta também é nossa!
À luta, À voz.
Rogério Coelho
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Reinaldo Maia
Reinaldo Maia
Um braço e vamos continuar na luta!
Reinaldo Maia
domingo, 5 de outubro de 2008
Sarau Itinerante Começa dia 31
Vila Santa Rita – Região do Barreiro
Toda ultima sexta-feira do mês, realizaremos no Centro Cultural da Vila Santa Rita. O sarau Itinerante das Coletivoz. Deixo o convite a todos e reforço o que o Rogério coloca ao falar do Sarau do dia 14 no Conjunto Ziláh Spósito. “Hoje, são poucos os movimentos de poesia que acontecem com determinada regularidade, principalmente nas grandes periferias. Precisamos entender que podemos mais quando unimos os discurssos que partem da margem, do centro, de fora e de dentro.” E por isso a proposta de ocupar novos espaços em busca de mais vozes Coletivas, levando a voz e a buscando onde é preciso, descobrir novos poetas ou antigos, como vem acontecendo nos Saraus das quartas-feiras. Tem gente que tinha dezenas de poesias guardadas e agora tem um espaço pra botar pra fora.
O espaço ta aberto, quem quiser é só chegar.
Local: Centro Cultural da Vila Santa Rita – Região do Barreiro, Rua Ana Rangel dos Santos 149.
Ônibus: qualquer um que vai até a Estação Diamante (na Praça Sete passa o 30) e na Estação pegar o 309, Bairro Petrópolis – descer o ônibus tem um ponto na Rua do Centro Cultural.
O Descaso do Poder Público
Quando começamos um sarau na periferia e agora, partimos para o sarau itinerante, partimos também para outro desafio. O de manter vivo mais uma manifestação cultural que começa e segue sem nem um apoio de verba publica. Decepciona-me quando uma pessoa de dentro da Fundação Municipal de Cultura de BH me fala que nossos projetos não priorizam a pesquisa (O que eles consideram pesquisa?) e que não foram aprovados em 2006 e em 2007 porque temos menos direitos de que outros grupos/artistas que já tem reconhecimento notório e já tem praticamente seus projetos garantidos na Lei de incentivo por isso. Ainda completa falando que nossos projetos não foram e não serão aprovado. Espero que ele esteja equivocado e vamos continuar mandando nossos projetos. Se caso aprovarem, realizaremos. Se caso não aprovarem, realizaremos do mesmo jeito.
Mais do que nunca,
À luta, à Voz