História
Como parte de um trabalho acadêmico sobre “A
Literatura da Periferia”, Rogério Coelho, mestrando em Letras pela PUC-MINAS,
investiu sobre o livro da Portuguesa Olga Gonçalves A Floresta em Bremerhaven, mais as considerações sobre a Literatura do Menor, de Deleuze e
Gattarri, para descobrir um nome mais apropriado ao sarau coletivoz. Este que
nascera em 10 de agosto de 2008 pelas mãos e forças de Kaká Pimentta, Jessé
Duarte, Marcelo Titê, Marcelo Brasileiro, Kdu dos Anjos, Eduardo DW, além do
próprio Rogério Coelho e vários outros artistas da região do Independência, em
Belo Horizonte.
“O Livro de Olga Gonçalves foi, para mim,
decisivo ao criar o nome. Pois, ele apresenta as personagens protagonizando
suas próprias falas, e construindo o enredo da história. É um livro feito de
falas, que revelam vozes de grupos sociais Torna-se, assim, um livro que dá voz
aos coletivos todos; cria uma série de enunciadores, cada um a seu próprio
ponto de vista e opinião, que representam muitas vozes de uma classe subalterna
que quase nunca fala por si.”
Rogério Coelho
A inspiração, claro, veio direto
do sarau da Cooperifa, em São Paulo, que foi visitado e sentido por Kaká, Jessé
e Rogério. Sérgio Vaz logo se fez parceiro e fizemos uma conferência telefônica
no momento em que os dois saraus aconteciam em inauguração ao Coletivoz.
Saudações entre Minas e São Paulo feitas, estava aberto o Coletivoz.
Coletivoz
Desde de
Aberto à todos os públicos, desde o dia 09 de setembro
de 2008, com mais de 150 edições, fielmente, todas as quartas-feiras preparamos
o bar do seu Zé Herculano, no bairro Independência (Região do Barreiro) para
receber os poetas e amantes da poesia. Foi só poesia? Não, já passaram diversas
pessoas pelo sarau durante esse tempo: tivemos lançamentos de livros da Cidinha
da Silva (RJ), Wilmar Silva, S3M sobreviventes do terceiro mundo (lançamento de
CD), entre outras apresentações de dança (poesia corporal), contos, crônicas e
Causos Mineiros. O sarau agrega mais Coletivozes
a cada edição.
Por um momento de reestruturação, o sarau tomou um
formato itinerante desde fevereiro de 2010. Houve saraus em praças de Belo
Horizonte e Região metropolitana: nos centros culturais de BH e em espaços de
grupos parceiros, como o Grupo Trama de teatro e Cia. Crônica de teatro.
Hoje
O sarau retoma suas atividades num formato mensal a
partir de dezembro de 2011. Quando foi acolhido pelo BAR DO BOZÓ, no bairro
Vale do jatobá, também na Região do Barreiro.
A divulgação é quase sempre feita
pelo blog coletivoz.blogspot.com e pelas redes sociais e email. Há lançamentos
previstos para o ano de 2012. O primeiro é o livro “O olho da Mulher", de
Gioconda Belli, poeta da Nicarágua, no dia 14 de março.
Por que?
Porque é uma atividade cultural permanente na
periferia de Belo Horizonte; porque é um espaço que faz repensar a identidade;
porque pratica e exercita um ato político dialogando com o povo, com o povo; em
favor do povo. Bastaria nos deter sobre esses conceitos, mas o sarau ainda
revela algo fundamental: a Poesia.
Travamos uma batalha contra a exclusão
das vozes que vinham da periferia, desde o ínicio. Tínhamos apenas um princípio
fundamental naquela época: estabelecer as redes e parcerias entre movimentos e
pessoas com mesmo intuito/iniciativa de dar voz aos excluídos, aos marginais, à
periferia. Sabíamos também, que cada um de nós ali deveria ser parte de mais um
coletivo de vozes a agregar ao sarau, fazendo crescer e multiplicar essas
vozes. Um coletivo partindo de vários outros coletivos.
Por que? Para fazermos crescer
essas redes entre movimentos culturais descentralizados/periféricos, ou que
revelem vozes nesses locais de exclusão. Para dar continuidade ao processo de
educação, restrito às salas de aulas, num âmbito aberto e democrático. Para
fomentar a escrita como registro pessoal e coletivo de nossa história, e a
Oralidade, que como tradições afro-brasileira e indígena, compõe, preserva e
legitima a história do povo brasileiro.
Como?
Com microfone aberto. Sempre!
Onde/quando?
ENDEREÇO
Quando: (ver publicações atualizadas, que mostram as datas dos saraus)
Onde: BAR DO BOZÓ - Av. Djalma Vieira
Cristo, n° 815 - Bairro Vale do Jatobá (região do Barreiro Belo Horizonte)
Ônibus: Da estação do
Barreiro pegar o 326 - descer um ponto depois da Praça da Ecologia
Carro: Na "Via do minério", seguir até Av. Senador Levindo
Coelho> Rua Perimetral (rua do posto policial do Vale) > Djalma Vieira
Cristo (rua da praça da ecologia).
CONTATO
E-mail : saraudacoletivoz@gmail.com
Rogério Coelho - (31) 8680-2714
Eduardo DW -
(31) 8808-1148
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