segunda-feira, 30 de maio de 2011

A ATRIZ H / Sergio de Carvalho

ensaios, de alegria e espanto,

como as velhas divindades

(na mão, uma cicatriz).

No centro móvel da cena,

Ela percorre desvios

Estaca a fala, suspende o rito

Cadê o cenário? Inaugura o sentido

No gesto em que tudo já era

no ato em que tudo é princípio

seu despudor é risonho

quase ofensivo

à cata da relação

precisa.

Porque sabe o que interessa,

seu papel tipo,

quiçá um estilo,

parece antigo,

inapreensível,

vibra cordas da razão.

Poderia ser dito, de modo mais materialista:

“É melancólica essa beleza

Que sabe seu agora”

No olho do vivo.

Seu tempo de teatro é exato

como seu corpo:

prático, límpido, nítido, último.


Um comentário:

Júlia Tavares disse...

Prezados!
Sou jornalista e gostaria de receber um contato para conhecer melhor o projeto de vocês. As reuniões semanais têm acontecido? Favor responder com contato para o email juliatavares@redeminas.mg.gov.br.
Obrigada!!